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quarta-feira, 4 de julho de 2012

escadaria côncava


                                         Vê-la descer, por entre as nuvens
                            Eu me sinto como um idiota
                  E eu não tenho mais nada a dar; nada a perder.


Então venha amor, 
                          desenhe as suas espadas...

Atire em mim deixa-me no chão, tu és minha, eu sou teu.
                             Vamos tentar não estragar as coisas?


    Porque tu és, a única
Porque tu és, a única
    Porque tu és, a única      Porque tu és, a única
Porque tu és, a única                        Porque tu és, a única      Porque tu és, a única...


Eu vejo as cobras virem do chão, elas sufocam-me ate aos ossos
                                                elas amarram-me a sua cadeira de madeira
                                                elas são todos os meus medos.
meus medos 
de 
não
encontrar-te mais
Porque tu és, a única.

domingo, 1 de julho de 2012

Avião de Papel



Derramei a tinta em toda a página, tentando soletrar seu nome, então a dobrei e a lancei: avião de papel...
Ele não vai voar os sete mares por você, porque ele não foi embora do meu quarto, mas ele aguarda as mãos de outra pessoa.
Então ele o abre e lê para todos os seus amigos, entre a multidão um coração vai quebrar e um coração vai se consertar, ele caminha em casa cansado do trabalho, a carta cai de suas mãos, ele sobe somente pra pegar o céu... E o avião foi embora com o vento.
Derramei a tinta pela terra, tentando dizer seu nome, cima e baixo, lá vai: avião de papel...
Ele não voou os sete mares por você, mas ele está a caminho, ele vai pelas mãos de outro alguém.
Pra encontrar você.

domingo, 15 de abril de 2012

Mazelas.

Para fazer uma coisa que na hora parece ser certo, é fácil, mesmo sabendo que é errada, que irá te prejudicar, mesmo sabendo que não é você.
Deixar se levar por forças mínimas não é a melhor opção, nunca é, e agora eu sei: nunca será.
Arrependimento ocorre em várias ocasiões, por vários motivos.

A sociedade te oferece várias coisas, várias promessas, soluções para acabar com seus problemas,
tome isso para esquecer, fume isso para relaxar, cheire isso para acordar... Tudo passa, apenas no instante em que está no seu corpo, apenas no instante que tem poder para surgir efeito, o que sobra depois, além de arrependimento, é teu corpo em estado vegetativo.

Deixar se afundar em males desnecessários, é repugnante, eu ao menos, repugnava. Nunca tive noção de como era estar mergulhada em peripécias, até o momento em que eu afundei, e sem conseguir voltar a superfície, no fundo eu fiquei... sem respirar, sem me mexer, só olhando os reflexos distorcidos das outras pessoas, lá de baixo elas parecem tão vivas, tão alegres, uma coisa surreal que em algum momento você almeja, depois de acabar sua respiração, se dá conta que são apenas reflexos.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Eu sinto o cheiro
do som
das cores.



Aqui meu verbo delira!