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quarta-feira, 4 de julho de 2012

escadaria côncava


                                         Vê-la descer, por entre as nuvens
                            Eu me sinto como um idiota
                  E eu não tenho mais nada a dar; nada a perder.


Então venha amor, 
                          desenhe as suas espadas...

Atire em mim deixa-me no chão, tu és minha, eu sou teu.
                             Vamos tentar não estragar as coisas?


    Porque tu és, a única
Porque tu és, a única
    Porque tu és, a única      Porque tu és, a única
Porque tu és, a única                        Porque tu és, a única      Porque tu és, a única...


Eu vejo as cobras virem do chão, elas sufocam-me ate aos ossos
                                                elas amarram-me a sua cadeira de madeira
                                                elas são todos os meus medos.
meus medos 
de 
não
encontrar-te mais
Porque tu és, a única.

domingo, 1 de julho de 2012

Avião de Papel



Derramei a tinta em toda a página, tentando soletrar seu nome, então a dobrei e a lancei: avião de papel...
Ele não vai voar os sete mares por você, porque ele não foi embora do meu quarto, mas ele aguarda as mãos de outra pessoa.
Então ele o abre e lê para todos os seus amigos, entre a multidão um coração vai quebrar e um coração vai se consertar, ele caminha em casa cansado do trabalho, a carta cai de suas mãos, ele sobe somente pra pegar o céu... E o avião foi embora com o vento.
Derramei a tinta pela terra, tentando dizer seu nome, cima e baixo, lá vai: avião de papel...
Ele não voou os sete mares por você, mas ele está a caminho, ele vai pelas mãos de outro alguém.
Pra encontrar você.